Com a chegada do covid 19, doença causada pelo coronavírus, muitas pessoas ao redor do mundo tiveram que mudar suas rotinas. O termo ‘quarentena’ ou ‘isolamento social’ tem sido usado constantemente pelos governos e profissionais da saúde para tentar conscientizar as pessoas. Afinal, por que é tão importante aderir aos novos hábitos para evitar a disseminação do vírus?
De acordo com João Gabardo, secretário executivo do Ministério da Saúde, 86% dos casos de coronavírus são assintomáticos, ou seja, a maioria das pessoas infectadas não sabem que estão com a doença. Esses fatores dificultam a identificação, pois se a pessoa infectada não sabe que está doente, o isolamento é dificultado e o infectado poderá espalhar o vírus.
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Contudo, a única forma de reduzir os riscos de infecção é isolar-se socialmente, evitando assim, aglomerações. Isso é isolamento social: permanecer longe de outras pessoas para conter o vírus e evitar que ele se espalhe. Devido a isso, escolas, universidades, shopping centers e outros eventos foram cancelados em grande parte do país.
“Cada pessoa infectada, mesmo que assintomática, transmite o vírus para duas ou três pessoas. Se as pessoas não pararem de circular há um grande risco de ela transmitir a doença para uma pessoa mais suscetíveis e que pode desenvolver formas graves da doença”, diz Denise Cotrim, infectologista do Centro Saúde-Escola Germano Sinval Faria da Fiocruz.
Reduzindo o fluxo de circulação de pessoas nas ruas, transportes públicos e outros, possibilita que apenas aquelas que precisam sair de casa, pois suas profissões não se adequam ao trabalho remoto (home-office), mantenham distancia uns dos outros, algo que não seria possível se o fluxo estivesse normalizado.
Além disso, distanciar-se de outras pessoas também incluí o contato físico, como beijos, abraços, apertos de mão e relações sexuais. Encostar nos outros, neste momento, é um facilitador para a proliferação do vírus. Contudo, demonstrações de carinho devem ser evitadas por enquanto.
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Distanciamento não impede 100% das transmissões, porém diminui consideravelmente as mesmas. Para isso, cada um deve fazer sua parte e levar as dicas a sério.
Agora, caso essas recomendações não sejam aderidas, o número de casos aumentará, de forma desenfreada e em curto prazo. O sistema de saúde, tanto público, quanto particular, ficará sobrecarregado, fazendo com que muitas pessoas que precisam de atendimento, morram ou tenham maior sofrimento.
Dicas de prevenção
- Fique ao menos 1,5 metros de distância de outra pessoa
- Evite lugares públicos, como comércios, cinemas, teatros, praças, parques, festas de todos os tipos, baladas ou qualquer lugar que tenha muitas pessoas.
- Evite comer fora. Se possível, peça delivery.
- Evite ir a salões de beleza, manicures, barbeiros, esteticistas e massagistas, pois é difícil para os profissionais manterem distância de você nesses serviços.
- Não visite casas de repouso, asilos ou instalações de vida assistida, pois geralmente nesses lugares o número de idosos é grande, e eles se encontram no grupo de risco.
- Se possível, evite pegar transporte público, principalmente nos horários de pico, ou mantenha a maior distância possível de outros passageiros.
- Lave as mãos constantemente por 20 segundos com água e sabão. Caso esteja longe de uma pia, banheiro etc, utilize o álcool em gel. Evite coçar os olhos, por a mão na boca ou no rosto, caso suas mãos não estejam higienizadas. “Temos que ser obsessivos com a higienização das mãos nesse momento“, diz a infectologista Denise Cotrim.
- Evite tocar em maçanetas, corrimões ou áreas que muitas pessoas tocam. Sempre que isso acontecer, utilize álcool em gel. A recomendação do editor é levar um frasco com você, seja no bolso, bolsa ou mochila. Lembrando que só deve-se sair de casa em extrema necessidade.
- Não use máscaras se não estiver doente. Especialistas afirmam que usa-la não é eficaz contra a prevenção e a compra por pessoas saudáveis pode provocar a falta do produto para aqueles que realmente precisam.
- Tenha uma boa alimentação, preferindo por alimentos saudáveis e que aumentam a imunidade. Ter uma boa noite de sono e praticar exercícios físicos também são cruciais para o organismo.
- Faça caminhadas ao ar livre, desde que nesses lugares não haja grande concentração de pessoas.
Fonte: Veja/Abril – Por Giulia Vidale.
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