Klara Castanho é capa da revista Glamour Brasil de fevereiro. Em entrevista publicada nesta quinta-feira (8), a atriz de 23 anos relembrou a dor de ter que vir à público dizer que foi estrupada e entregado o bebê para adoção.
Embora a artista quisesse manter o sigilo da situação, uma enfermeira do hospital divulgou a informação para jornalistas. Então, a informação se espalhou e a famosa precisou se pronunciar.
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“Todo o período desde o acontecido foi um pesadelo que ganhava novos desdobramentos. Eu simplesmente não queria viver aquilo. Nunca quis me pronunciar (…) porque não tinha digerido o que aconteceu. Fui obrigada a externalizar de forma muito brutal o que vivi. Achei que poderia levar para o caixão toda aquela dor e, quando fui exposta, me senti extremamente vulnerável. Eu já tinha sido… Eu odeio a palavra, não vou usar, tá? Então, calma, vou reformular… Levei pelo menos um ano para digerir não só o momento fatídico e a consequência física dele, mas a exposição”, disse Klara Castanho.
“Eu não dormia, meus pais não dormiam. A gente chorava junto dois dias e dormia um, porque não tivemos tempo de assimilar. Nunca vamos nos acostumar com a ideia do que aconteceu”, desabafou a artista.
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Klara Castanho denunciou estuprador
Ainda na entrevista da Glamour, a atriz afirmou ter denunciado o homem que a estuprou. “Fiz o boletim de ocorrência contra o meu agressor, porque até hoje sou muito julgada pelas pessoas que acham que não denunciei. Não o fiz imediatamente, mas denunciei. Confio muito na Justiça. Tenho provas diárias do que é a justiça dos homens e o que é a justiça divina, a qual me apego muito, porque sei que se não fosse pela minha família e pela minha fé, não estaria mais aqui.”
“Segui com todos os processos que cabiam e eram justos. Sinto que, passados quase dois anos da minha carta, as pessoas ainda buscam argumentos contra mim, sobre o que aconteceu comigo. Então, se isso é motivo para que as pessoas ainda me julguem, saibam que o agressor foi denunciado. Toda mulher que é vítima de violência tem direito ao segredo de justiça. O meu sigilo foi quebrado contra a minha vontade. Eu não tive nem o direito de não ser revitimizada, e diariamente não tenho”, completou ela.
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